O livro tem o dom de nos transportar para o século IX, em toda sua brutalidade e terror, um tempo onde tudo o que não podia ser aplicado a fé cristã era Bruxaria, onde as mulheres eram tratadas como uma mercadoria sem valor, só serviam para procriar e cuidar de suas casas.
Joana de Ingelheim, filha de um inglês à serviço da Igreja e de uma mãe saxã, que cultuava os Deuses da Antiga Religião Nórdica, cresceu num ambiente envolto em brigas e privações, onde tudo o que ela desejava era estudar, aprender.
Joana de Ingelheim, filha de um inglês à serviço da Igreja e de uma mãe saxã, que cultuava os Deuses da Antiga Religião Nórdica, cresceu num ambiente envolto em brigas e privações, onde tudo o que ela desejava era estudar, aprender.
Joana aprendeu a ler escondida dos pais, falava tudesco, saxão, grego e latim quando chegou a Roma.
Sobre o disfarce de João Anglico se tornou médico de confiança do Papa, dado seu conhecimento profundo de ervas, adquirido nos tempos de monge em Fulda.
A Papisa Joana é um dos personagens mais fascinantes de todos os tempos, e um dos menos conhecidos. Embora hoje negue a existência dela e de seu papado, a Igreja Católica reconheceu ambos como verdadeiros durante a Idade Média e a Renascença. Foi apenas a partir do século XVII, sob crescente ataque do protestantismo, que o Vaticano passou a destruir as provas da existência da mulher papa.
A escritora Donna Woolfolk Cross em seu trabalho de pesquisa, ao romancear sua vida, consegue nos fazer viajar no tempo e mais ainda, para nós mulheres fica fácil encarnar os medos e ódios de Joana, Gudrun, a parteira Hrotrud, e outras mulheres que aparecem durante a história sendo usadas como pano de chão pelos homens.
Essa Joana nascida em 814 parece ter o mesmo espirito guerreiro e destemido de outra Joana nascida em 1412 na França... sim... Joana d'Arc, a Donzela d' Orleans que livrou a França do domínio inglês.