O vento sopra e com ele traz um cheiro agridoce, uma mistura de desespero e medo, levanto meus olhos, vejo patas estranhas vagando de um lado para outro, como mariposas em volta da luz, que absurdo, porque não ficam parados, o son ensurdecedor do trânsito ataca meus ouvidos, o click-click de sapatos pontudos é constante, seu corpo desprovido de pelos se encontra envolto em uma camada estranha e brilhante, nos seus olhos jorram uma cascata de água, tão frágeis e solitários, mesmo ente uma multidão de semelhantes, observo nos olhos de outros ao seu redor raiva, pena, tristeza, desinteresse, alguns passam tão rápido que nem sequer notam a sua volta.
Como podem viver assim, sem sentir o vento no rosto, a terra sobre os pés, ser ver as estrelas, a beleza da natureza, como podem sofrer tanto a ainda fazer tão pouco, como podem viver sem correr, sem caçar? São seres diferentes, às vezes me fazem carinho, já outras são tão frios e violentos, emitem gritos estridentes, risadas estrondosas, mas não importa como são ou o que fazem, a vida continua indo e vindo, completando o circulo.
By: Anita
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